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Café Terra Santa


 

 

A Bahia é o quarto maior estado produtor nacional de café, atrás de Minas, Espírito Santo e São Paulo, mas o café baiano do município de Piatã, na Chapada Diamantina, é o melhor do Brasil.

Chapada Diamantina, no sertão baiano, entrou em declínio no fim do século XIX, quando suas minas de diamantes começaram a se esgotar. Depois de mais de um século de estagnação, a região finalmente encontrou uma nova vocação econômica: o café. E café dos bons. O grão plantado nos arredores da cidade de Piatã há apenas três décadas surpreende pela qualidade.o café mais saboroso do Brasil. 

A valorização do café da Chapada Diamantina se deve ao sabor caramelo e de melaço de cana-de-açúcar que os provadores detectam no seu aroma e no seu paladar. O jargão que eles usam é o mesmo dos enólogos. "Os grãos de Piatã são frutados, elegantes e têm toque doce único", diz o norueguês Tim Wendelboe, um dos mais renomados especialistas na bebida. Essas características se devem às condições em que são plantadas as sementes do tipo arábica catuaí, que predominam também no sul de Minas Gerais e na Alta Mogiana, em São Paulo, as outras regiões nacionais de "café gourmet", como são chamados os grãos de excelência. No entorno de Piatã, a cidade mais alta do Nordeste, os cafezais estão a 1 400 metros de altitude. Lá, recebem forte insolação e poucas chuvas. Nas noites de inverno, as lavouras são submetidas a madrugadas com temperaturas inferiores a 10 graus. Trata-se de um tipo de frio que só traz benefícios ao café. Insuficiente para provocar geadas, que devastam a plantação, é forte o bastante para impedir a disseminação de pragas. Além disso, atrasa a maturação dos frutos em, pelo menos, dois meses. Nesse período, os sabores se intensificam, o que confere mais doçura à bebida.

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